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quarta-feira, 13 de abril de 2011

É responsabilidade da escola combater o bullying.


'É responsabilidade da escola combater o bullying'

Especialista americana diz que leis não são suficientes para evitar a prática



Nathalia Goulart
(Thinkstock)
"Muitos acreditam que, porque o bullying é praticado por crianças, ele é menos impactante. E que porque são crianças, precisam passar por esse tipo de provação para serem mais fortes no futuro – isso é um mito."
Marlene Snyder, especialista
O passado de isolamento e ausência de amigos alimentam suspeitas de que Wellington Menezes de Oliveira, o jovem de 24 anos que invadiu a escola em Realengo deixando um rastro de 12 mortes, tenha sofrido bullying. A desconfiança fortalece o debate sobre os meios de que a sociedade dispõe para evitar que personagens como Oliveira sejam cultivados dentro da escola. Nos Estados Unidos, os anos que se seguiram à tragédia na Columbine High School foram de investimento em prevenção à violência, entre elas, o bullying. O Brasil ainda engatinha na discussão sobre o tema. A tragédia da quinta-feira reacende a discussão: qual o papel da escola no combate a essa prática que deixa marcas tão duradouras? O site de VEJA conversou com a especialista americana Marlene Snyder, diretora de desenvolvimento do programa anti-bullying do Instituto Olweus, piorneiro no estudo e na prevenção dessa prática nos Estados Unidos. Confira os principais trechos da entrevista:
Qual o papel da escola no combate ao bullying? Mesmo quando o bullying acontece fora da sala de aula, a escola têm responsabilidade, porque os desdobramentos dessa prática estarão presentes no comportamento dos alunos. Nesse processo, o relacionamento professor-aluno é fundamental. É por meio desse canal que o bullying pode ser identificado. Mas para isso, os docentes precisam estar treinados. Eles precisam entender que o bullying acontece a qualquer momento e com qualquer aluno. Um estudo que realizamos apontou que 17% dos estudantes americanos sofreram bullying dentro da escola. Isso significa quase um em cada cinco jovens.
Podemos dizer que, nesse combate, a escola é mais importante que os pais? Sim. Sustentados pelas nossas pesquisa, sabemos que é muito mais provável que o bullying aconteça dentro das escolas, durante aquele período em que as crianças são confiadas aos cuidados de professores e da direção. Nesse sentido, as escolas têm um poder maior que os pais em identificar e combater essa prática.
Atualmente fala-se muito em bullying e toda a violência que acontece dentro da escola é classificada como tal. Como identificar quando realmente trata-se de uma prática de bullying? Bullying é puro abuso. É quando a pessoa é exposta repetidamente a ações negativas por parte de uma ou mais pessoas e ela tem dificuldades em se defender. Entre essas ações estão xingamentos, disseminação de falsos rumores, exclusão social ou isolamento, agressões físicas e discriminações raciais ou sexuais. Todas essas práticas podem contar com a ajuda da internet - o que chamamos de cyberbullying.
Leis anti-bullying são eficazes no combate a essa prática? Respondo a essa pergunta com outra pergunta: essas leis são bem feitas? E em que medida elas auxiliam a escola a lidar com o bullying? Pergunto isso porque aqui nos Estados Unidos, 45 de nossos 50 estados possuem leis que visam combater o bullying, mas em muitos casos a lei é ineficiente porque determina apenas que a escola tenha em seu programa políticas anti-bullying. O problema é que elas ficam no papel, não são colocadas em prática. O que precisa é que os professores sejam treinados, que entendam o que é, quais as manifestações e quais as consequências do bullying. Assim, poderão transformar em ativa a atitude passiva quem mantêm frente a um problema tão grave. Mesmo bem feita, nenhuma lei será capaz de erradicar o bullying, assim como nenhuma lei é capaz de combater todos os roubos, por exemplo. Mas elas chamam a atenção e preparam a sociedade para lidar com o problema.
E quanto a leis que multam as escolas que se mantêm passivas frente ao bullying? As leis que prevêem multas ou indenizações são eficazes na medida em que chamam a atenção da escola para o problema. Há cerca de 10 anos, elas foram implementadas em algumas regiões dos Estados Unidos, onde as escolas eram multadas em cerca de 10.000 ou 15.000 dólares e hoje vemos casos que chegam a milhões de dólares. Isso serve de alerta para as escolas: o custo-benefício da prevenção é muito maior do que o pagamento de uma multa ou indenização.
Quais são os maiores mitos que envolvem o bullying? Muitos acreditam que, porque o bullying é praticado por crianças, ele é menos impactante. E que porque são crianças, precisam passar por esse tipo de provação para serem mais fortes no futuro – isso é um mito. Outra inverdade é que acredita-se que a pessoa que pratica bullying, o faz por sentir-se infeliz consigo mesma. Em todos esses anos de pesquisas, concluímos que os praticantes têm uma autoestima elevada. O que eles desejam é projetar seu poder sobre alguém que, por alguma razão, não dispõe de meios para se defender.
Quem pratica o bullying tende a ser estigmatizado. Como tratá-los corretamente? Em nosso programa de combate ao bullying não rotulamos ninguém. Isso porque existem oito diferentes papeis que uma pessoa pode desempenhar durante uma situação de bullying. Existe quem pratica, quem se mantém passivo, quem incentiva ações negativas mas não participa delas, e assim por diante. Por isso, em cada contexto, uma pessoa pode assumir um papel distinto. A solução é trabalhar com cada situação particular e analisar se existe um padrão de conduta que se repete. A partir daí, desenvolvemos atividades que possam reverter esse comportamento. Mas trabalhamos com esse aluno dentro da escola. Ao contrário do que muitos pensam, expulsá-lo é contra-producente. Se o expulsamos, para onde ele vai? Ele vai para a rua e aprende coisas ainda piores. Então, trabalhamos muito próximos a ele, oferecendo subsídios e possibilitando mudanças.
O prática de bullying começa em casa? O que acontece é um reflexo. Se a criança é tratada com gritos, tapas ou presencia cenas de violência em casa, ela acredita que esse tipo de comportamento funciona. E, por isso, repete esse comportamento na escola.
Combater o bullying é uma missão impossível? Estou certa de que as crianças querem apenas uma oportunidade para aprender a tratar bem seus colegas. Se é difícil tratar o bullying? Sim, é uma tarefa dura, que exige empenho e comprometimento, mas sou muito otimista. Acredito que se os adultos estiverem dispostos a conversar com as crianças e escutá-las sobre suas preocupações, será fácil criar um ambiente harmonioso. E quanto mais cedo começarmos a conversar, melhor.
A senhora estuda o bullying há quase duas décadas. O que mudou durante esse período? A grande mudança foi a atenção que a sociedade deu para o tema. O bullying hoje já é visto como um problema de saúde pública. Também acumulamos mais conhecimento. Hoje sabemos que aqueles que praticam ou sofrem bullying carregam sequelas físicas e mentais e que quem sofre bulying tem um desempenho acadêmico menor e tende a não gostar do ambiente escolar. Por isso, são mais propensos a abandonar os estudos. Na outra extremidade, aqueles que praticam bullying têm mais chances de se envolver em crimes. Ou seja, combater o bullying é também combater o crime. Por outro lado, vemos também que a sociedade mudou. Os pais estão cada vez mais longe de casa, envolvidos em longas jornadas de trabalho enquanto os jovens estão cada vez mais apegados a video-games, computadores, etc. Tudo isso torna a prevenção ainda mais necessária

Fonte: Wagner Ribeiro

terça-feira, 12 de abril de 2011

Despedida o Ten. Cel Elieser de Mossoró

Ten. Cel Elieser Recebendo Homenagem


Pms Proerd Mossoró Com o Ten. Cel. Elieser

Durante a passagem de comando do 2º BPM ocorrida no dia 08/04/2011 na sede desta OPM, na qual o Ten. Cel Elieser passa  para o Ten. Cel Túlio César, o comando do Segundo BPM os policiais do Proerd Mossoró fizeram uma homenagem ao Ten. Cel. Elieser, pelo apoio prestado ao Proerd enquanto esteve a frente do segundo BPM, pois a ideia de implantar o Proerd em Mossoró e Areia Branca partiu deste comandante que deixará saudades nesta cidade.


Fonte: Arquivos pessoais do Blog

quarta-feira, 30 de março de 2011

Governadora Participa da Instalação do Proerd no Caic do Abolição IV

Mossoró - A Escola Estadual Jerônimo Vingt-Rosado Maia "Caic", do Abolição IV recebe uma unidade do Programa Educacional de Resticencia as Drogas, Proed, que funcionara em uma sala e atenderá alunos de tres turmas de 5º ano. Serão atendidos cerca de 70 alunos, tendo como Instrutor Proerd o Soldado Ramalho. No término do curso eles receberão Certificado Proerd e uma Camisa do Proerd e participaram com todos os formandos da Formatura Proerd que está prevista para o início de Junho de 2011.

Proerd - Programa Educacional de Resistência as Drogas, criado nos E.U.A. como DARE - Drug Abuse Resistance Edacation em 1983 e implantado no Brasil em 1992 através da PMRJ e no nosso estado chegou em 2002; hoje conta com cinco currículos: Proerd para o 5º e o 7º Ano do ensino fundamental, ensino médio e Proerd Comunitário para os pais.

O programa consiste em uma ação conjunta entre as Polícias Militares, Escolas e família, no sentido de prevenir o abuso de drogas e violência entre estudantes, bem como ajudá-las a reconhecer as pressões e as influências diárias que contribuem ao uso de drogas e a prática de violência, desenvolvendo habilidades para resistí-las.

A governadora Rosalba Ciarlini e a Prefeita Fafá Rosado visitraram a sala do Proerd, conversaram com alunos e receberam uma camiseta dos instrutores.
Fonte: O Câmera 

sábado, 26 de março de 2011

Governadora Participa da Aula do Proerd

Soldado Miguel Recitando o Cordel Para a Governadora




Os policiais militares instrutores do PROERD/Mossoró, receberam na manhã deste sábado 26/03/2011, a visita da governadora do Estado do RN e da Prefeita e Vice-Prefeita de Mossoró, durante uma palestra que os mesmos realizavam sobre prevenção ao uso de Drogas para crianças, no Caic do Abolição IV em Mossoró, na programação do evento amigo da escola. Na ocasião a Governadora também falou com as crianças sobre a problemática das Drogas. 

Governadora Falando com as crianças

 Esquerda pra Direita, Sd Edmar, Sd Ibraim, Sd Harão, Sd F. Silva, Sd Diego, Sd Ramalho, Sd Miguel.

Acima a equipe de Policiais Militares Instrutores Proerd de Mossoró, os quais fazem o trabalho de prevenção nas escolas das cidade de Mossoró e Areia Branca.


Sd Ibraim e Sd Ramalho Iniciando a Aula.



Fonte:
Arquivos Pessoais do Blog Proerd Oeste.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Recordando Fomatura Proerd 2010

Show de Prevenção 
     Alunos Proerdianos na Formatura Proerd 2010, no Ginásio Municipal Pedro Ciarline em Mossoró.

Fonte: Arquivos Pessoais

quarta-feira, 23 de março de 2011

Proerd nas Escolas de Mossoró

Programa de prevenção às drogas é desenvolvido em escolas de Mossoró


Em todo o mundo, milhares de crianças e adolescentes entram no mundo das drogas. Os motivos são muitos, desde influência de amigos até a curiosidade de saber o que sente.
Para ajudar no combate ao uso de drogas, sejam elas lícitas ou não, em Mossoró, pelo segundo ano, as redes de ensino estadual e municipal, em parceria com a Polícia Militar, desenvolvem o Programa Educacional de Resistências às Drogas e à Violência (PROERD).
O programa busca envolver a polícia, a escola, a família e a comunidade na problemática das drogas. Pretende sensibilizar os atores sociais para evitar que crianças acabem partindo para um mundo que, muitas vezes, não tem mais volta.
Ontem de manhã, 22, as redes municipal e estadual fizeram o lançamento do programa este ano na Escola Municipal Alcides Manoel, localizada no bairro Redenção, em Mossoró.
De acordo com Jandira Cruz, diretora de políticas pedagógicas da Gerência Executiva de Educação (GEED), ano passado, quando da implantação do programa na cidade. foram atendidas 6 escolas, com 9 turmas e 245 alunos envolvidos.
Para este ano, mais 13 escolas da rede municipal passaram a fazer parte desse trabalho que visa a afastar crianças e adolescentes do mundo das drogas e da violência. "Apesar do pouco tempo do programa ano passado, pois ele foi implantado no fim do primeiro semestre, já tivemos bons resultados, como a redução da infrequência escolar, o envolvimento da família na escola. Os alunos corresponderam quanto à atenção à questão das drogas. Foi muito positivo", diz.
De acordo com o policial militar Ibraim Vilar, um dos instrutores do Proerd em Mossoró, 8 policiais estão responsáveis pelo trabalho de prevenção às drogas nas escolas. No ano passado, quando foi implantado, o Proerd dispunha de apenas 3 policiais.
Segundo o policial, atualmente são 19 escolas da rede municipal e 18 da estadual, totalizando 37 escolas e 64 turmas atendidas, todas com crianças do 5º ano.


O que é o programa de prevenção as drogas?

É um programa de caráter social e preventivo posto em prática em todos os Estados do Brasil, por policiais militares devidamente selecionados e capacitados. É desenvolvido uma vez por semana em sala de aula, durante quatro meses em média, nas escolas de ensino público e privado para os alunos que estejam cursando quinto ou sétimo anos do ensino fundamental.
Através do livro do estudante PROERD, os conteúdos são desenvolvidos de forma dinâmica em grupos cooperativos, onde nas aulas são realizadas atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades individuais para que a crianças e os jovens possam tomar suas decisões de forma consciente, segura e responsável.
O programa Também é desenvolvido à família, em um curso específico para pais ou responsáveis , durante um mês, uma vez por semana , com duração de duas horas cada encontro.
Em 2010 o PROERD iniciou o programa para Educação Infantil, seu objetivo é possibilitar o reconhecimento de situações que possam comprometer sua segurança e saúde, é composto por lições com atividades orientadas para a pré-escola e anos iniciais do ensino fundamental, com objetivo de levar o aluno a participação e interatividade nas discussões e no desenvolvimento de habilidades que os conduza a solução de problemas e dificuldades, ensinando procedimentos a adotar em situações de emergência ou quando ocorrem eventos inesperados, como também as primeiras noções de habilidades vitais essenciais, como dizer não e pedir ajuda.
Atuando desde 2002 no Estado, o PROERD até 2010 estava presente em 23 municípios, e seus 100 policiais militares instrutores atenderam uma média de 70.000 crianças, adolescentes e comunidade em geral.

Com informações do site www.proerd.rn.gov.br


Policiais militares dão aulas para crianças

A metodologia do programa consiste em uma vez por semana um policial se faz presente à escola para repassar informações sobre as consequências do uso de cigarros, bebidas alcoólicas, maconha, amizades, entre outros. O professor permanece na sala enquanto o policial conversa durante uma aula com as crianças. "Tentamos mostrar aos alunos a importância de ficar longe das drogas", diz Vilar.
No fim do semestre, quando a turma se forma, as crianças participam de situações teatralizadas para que eles possam entender melhor as consequências de suas escolhas. Os alunos recebem um certificado de participação no programa e fazem o juramento.
As escolas participantes, segundo o policial militar, foram escolhidas por terem alunos mais suscetíveis ao uso de entorpecentes. "Nós, juntamente com a Gerência de Educação e a Dired, mapeamos algumas escolas. Vimos a necessidade de estarmos presentes nelas por correrem mais riscos", diz.
Por enquanto, segundo ele, o programa está sendo desenvolvido em Mossoró e Areia Branca, mas estão tentando expandir-lo para Tibau e Grossos também.
O interessante do trabalho é que não apenas as crianças se envolvem, mas também os pais passam a fazer parte de tudo o que é ensinado, pois os filhos chegam em casa dizendo que tem um policial na escola. Os pais querem saber o que ele está fazendo na escola e acabam compreendendo qual o papel da Polícia Militar, que é o de proteger o cidadão e colaborar para que todos se sintam mais seguros. "Foi gratificante mostrar aos alunos que a bebida alcoólica era uma droga, pois muitos não a veem como droga. Muitos pais até agradeciam pelo trabalho", disse o PM Vilar.

Fonte:
Jornal Gazeta do Oeste
Edição: 23/03/2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Equipe do Proerd Mossoró Faz Visita a Grossos e Tibau

Os policiais militares intrutores do PROERD de Mossoró,  Ibraim Vilar, Francisco Silva e Isaac Ramalho, fazem visita a cidade de Grossos/RN e Tibau/RN, com o intuito de expandir o Programa para estas cidades no segundo semestre do corrente ano, em Grossos os Proerdianos foram recebidos por várias diretoras e diretores, além do chefe de gabinete da prefeitura municipal, por intermédio do soldado Charlerandro.
 Em Tibau, os policiais foram recebidos pelo Prefeito, a Secretária de Educação e um Vereador.